Assassin’s Creed – Origins

by - setembro 17, 2018


Vivemos nas Sombras para servir a Luz 

A sociedade de assassinos mais famosa do mundo dos games chegou ao seu decimo título que conta a história de como tudo começou a mais de 3 mil anos atrás no Antigo Egito, no Reino Ptolemaico no período da ascensão da rainha Cleópatra. O jogo foi desenvolvido pela Ubisoft Montreal e distribuído pela Ubisoft para as plataformas Microsoft Windows, PlayStation 4 e Xbox One em outubro de 2017. O jogo continua igual ao resto da franquia, em terceira pessoa. E fora as missões do enredo que devem ser concluídas para progredir no game, o jogador é livre para explorar o cenário como quiser. O modo de exploração que era feito através de uma visão de águia agora é feitatravés de uma águia literal que acompanha o personagem e com isso se pode marcar inimigos, fazer certas explorações numa área maior, e etc. Outra coisa interessante é que o personagem pode se dirigir a alguns dos objetivos de forma automática em sua montaria enquanto o jogador assume o controle da águia podendo assim adiantar o avistamento de alvos, inimigos, objetos de interação e outras coisas. Também é possível fazer explorações de baixo d’água e o arsenal de armas disponível é maior do que nos jogos anteriores. O gênero de ação e aventura já é bem conhecido do título, e muito dos conceitos familiares da franquia estão presentes, mas como era de se supor, algumas novidades merecem destaque para esse novo game. Certos conceitos de RPG de mundo aberto foram adicionados com a possibilidade de progresso e o ganho de skills divididas em categorias deixam a campanha mais abrangente dependendo do tipo de habilidade que você pretende valorizar mais.

  

A Ubisoft ficou um relativo tempo sem lançamentos de jogos da franquia, cerca de três anos e meio para uma melhor produção de Assassin’s Creed – Origins que nesse intervalo só teve um filme da franquia que foi um tanto atacado pela crítica. A espera para lançar esse novo jogo foi compreensiva depois de lançamentos anuais de jogos de assassin’s que desagradavam muito aos muitos fãs. Por não possuírem um tempo considerável de produção, os games terminavam contendo muitos bugs. Alguns terrivelmente hilários e bizarros e deixavam um sabor de insatisfação ao jogador. Com isso, a Ubisoft pode trazer um jogo de primeira em 2017 que foi bastante esperado pelos gamers.  


Os cenários são belíssimos e os bugs e glitz quase não estão presentes. Os gráficos estão muito bonitos e eu dou destaque para o efeito do reflexo do Sol que eu achei bem realista. O tempo de campanha é de 20 a 25 horas jogando apenas o enredo cru. Com a exploração livre pode-se chegar a quase o dobro desse tempo. A variedade de missões também é bem mais elevada em relação aos outros jogos também sendo o game da saga que mais possui missões. Garantindo assim mais tempo de game play. Os mapas estão bem extensos também possibilitando a mudança de cidades cada uma com suas próprias missões e seu estilo no que diz respeito às ambientações e cenários. Entre elas estão Alexandria e Mênfis que ficaram mesmo muito bem detalhadas.  
Muitas adições de conceitos novos interessantes estão presentes. Um deles é a capacidade de “Upar” os equipamentos além de ter a opção de desmontá-los para conseguir novos itens possibilitando assim vende-los ou confeccionar novas armas. Outro que está presente no modo cooperativo online é a possibilidade de vingar outros jogadores que foram mortos. Podendo encontrar e derrotar o responsável.


Assassin’s Creed – Origins possui uma inegável similaridade com Far Cry” com o qual compartilha alguns conceitos. Principalmente no que diz respeito a presença de animais do jogo que a cada título ganham uma maior variedade e maior interação com os mesmos. Far Cry também termina agregando coisas de Assassin’s Creed e os dois seguem nessa trilha de compartilhamento de percepções a cada novo game. O que na verdade só faz com que ambos se aprimorem cada vez mais.  
Os modos de combate foram os que mais sofreram atualizações tendo ficado mais realistas, mais complexos e completos. O personagem pode passar por uma série de situações diferentes como ter miragens por conta de insolação por exemplo e uma barra de estamina que desce de acordo com as condições do personagem. Tudo contribuiu para que a jogabilidade fosse bastante renovada e polida. O game é ótimo e teve boa recepções tanto da crítica especializada quanto por parte do público no geral. Se houver oportunidade, confere o game, pois ele está realmente incrível. Não é perfeito, mas os seus pontos positivos se sobressaem em demasia.  


Nada é verdadeiro tudo é permitido


O enredo conta a história de Bayek, o último dos Medjai que parte na busca da resolução de um mistério depois de ter abandonado sua vila, na terra de Siwa. A história da irmandade dos assassinos e o seu início contam com uma direta participação de Bayek que atravessa o Egito em busca da Ordem dos Anciãos que são antecessores dos Templários que procuram promover a Paz através da ordem enquanto os assassinos o fazem pela liberdade.  
O enredo é cheio de elementos históricos reais misturados com a ficção, sendo possível conhecer algumas figuras históricas como Cleópatra e Ptolomeu. Cidades históricas da antiguidade, costumes e um pouco da crença daquelas épocas. Os sentimentos de dever e de bondade em querer ajudar os demais sem esperar absolutamente nada em troca são bem conhecidos do “credo” dos assassinos e neste game podemos ver a origem disso e o porquê isso começou. A opressão dos poderosos para com o povo, e a vontade de trazer a mudança é o que movem Bayek. Claro que a dor e a vingança estão presentes, e a amargura da perda que assombra o personagem e o tira do rumo por um tempo. Ele por conta disso se torna até um pouco recluso e pouco aceito socialmente. No entanto, mesmo nesses momentos sua vontade de ajudar os outros e trazer justiça regem suas ações. 
Os elementos no tempo presente também estão presentes na história do game, assim como nos títulos anteriores e ligações com o filme de 2016 aparecem durante a história revelando a ligação dele com os gamesEntão, se não assistiu ao filme ainda e pretende fazê-lo, confere lá antes de jogar para não ter Spoilers 

Somos Assassinos 


Depois de falarmos da ficha técnica, da jogabilidade e um pouco do enredo do novo assassin’s Creed, vamos conversar um pouco sobre o que realmente é essa ordem de assassinos e no que eles acreditam. Para aqueles que nunca jogaram nenhum título da saga ou estão começando em Origins pode ser interessante conhecer um pouco mais antes sobre eles. Então vamos lá.  
Seu fundador foi Bayek no Antigo Egito, cerca de 48 antes de Cristo, perdurando até os dias atuais. O líder é geralmente chamado de “O Mentor” e esse título obviamente já passou por muitas pessoas. Tendo entre eles alguns ilustres como Nicolau Maquiavel e Ludovico Ariosto. Geralmente os assassinos são agnósticos ou ateus, mas nada impede um membro de possuir uma religião. No entanto, é obvio que tais convicções poderiam gerar conflitos entre a crença religiosa de um membro com o credo da irmandade. Um exemplo disso é o “Não Matarás” presente nos Dez Mandamentos das crenças judaico-cristãs. A mente dos assassinos deve ser livre para poder fazer o que é necessário para proteger os mais fracos, então eles não podem estar presos a dogmas que os limitem. Eles se limitam para que os outros tenham a liberdade e possam crer no que quiserem. 


Segundo o dogma do Credo dos assassinos, o modo de vida das pessoas deve ser regido pela liberdade. A luta contra a tirania, a opressão e a defesa daqueles que não podem lutar por si mesmos. Segundo o que eles acreditam, existem três leis das quais os assassinos não devem nunca se desviar. Que são:  
Mantenha sua lamina longe de um inocente; mantenha-se escondido na multidão e; nunca comprometa a irmandade. ”  
A irmandade dos assassinos é inimiga mortal dos Cavaleiros Templários que acredita que a paz só pode ser alcançada com o controle do livre-arbítrio para manutenção da ordem, enquanto os assassinos desejam a manutenção da paz e da vida das pessoas através da liberdade. Eles estão sempre dispostos a fazer coisas sombrias como matar aqueles que ambicionam fazer o mal contra as pessoas de bem para “limpar” a macula que os maus deixam. Arriscam suas vidas para que a liberdade, a paz e a vida sejam celebradas para sempre. O seu lema é o seguinte:  
“Quando os outros homens seguirem cegamente a verdade, lembra-te... Nada é verdadeiro. Quando os outros homens estiverem limitados pela moralidade ou pela lei, lembra-te.... Tudo é permitido. Nós trabalhamos nas sombras para servir a luz. Nós somos assassinos. “  
Em suma, a ordem dos assassinos luta contra o mal e a corrupção no mundo ao longo da história. Silenciando e cortando aqueles que ameaçam a paz promovendo a morte de inocentes, trazendo desigualdade, causando a pobreza. E todos aqueles que se comprometem com a injustiça. Eles são aqueles que das sombras servem a luz se desprendendo das pessoas para salvá-las.  


Depois de reunir as pessoas mais notavelmente possuidoras do mesmo ideal e vontade da irmandade, elas são recrutadas e treinadas para não terem medo e possuírem a capacidade de sumir completamente numa multidão. Ter reflexos e sentidos aguçados, percepção, inteligência e sangue frio para concluir suas missões. Sua identidade do mundo é apagada e a partir de sua iniciação o novo assassino servirá apenas ao credo (ou Creed, em inglês) jurando proteger os fracos e os inocentes.  
Desde sua fundação a irmandade possuiu muito homens e mulheres corajosos que deram suas vidas para não só eliminar os maus, mas também para evitar que a escuridão se propagasse. Entre os mais notáveis estão BayekHassan-i SabbahEzio Auditore da Firenze e Desmond Miles. E todos lutaram por seus ideais. Este é apenas um breve resumo da história da irmandade dos assassinos presente na franquia de livros e games de Assassin’s CreedE aí, gostou de conhecer mais sobre eles? Deixe suas opiniões.  

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Escritor: Thiago de França

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