Síntese Os Cavaleiros do Zodíaco (Parte 2)

by - fevereiro 18, 2019

Hey People, hoje continuamos com a a matéria sobre os defensores de Atena. Vamos lá!

Polêmica é bom e a gente quer mais


Bem, como não poderia ser diferente, cavaleiros do zodíaco possui muitas polemicas envolvendo temas complicados, ainda mais para a época em que foi lançado. Tais como metrossexualidade e narcisismo, nudez, o excesso de sangue e violência gráfica e até homossexualismo. Como a tão conhecida cena onde Shun de Andrômeda tenta salvar a vida de Hyoga aquecendo o corpo do amigo que havia sido congelado. Na versão do mangá a cena não tem absolutamente nada de mais, pois Shun apenas fica sentado ao lado de Hyoga.


Eu realmente não sei o porquê eles decidiram deixar essa cena assim no anime. E nem o porquê a armadura do Shun ficou rosa, uma vez que ela é vermelha no mangá e nem possui seios. Em nenhuma vez nos mangás, ao menos que eu me lembre, Ikki veio ao socorro de Shun, pois este é bastante poderoso. O fato é que a Toei deixou o Shun mais sentimental ainda do que no mangá e isso foi o que gerou tantas polemicas sobre o personagem. 

Outra cena que deu o que falar foi a que rolou durante uma explicação sobre o cristianismo no filme “Os Guerreiros do Armagedon” onde uma bíblia é queimada. A cena ficou bem legal e deu um sentido ao que estava sendo retratado. Mas, mesmo assim deixou de ser exibida em algumas emissoras quando o filme foi exibido. Nem era uma cena com um dos personagens queimando a bíblia por ódio e satanismo ou algo assim. Era só uma tomada explicativa. 


Mesmo que seja chato usar roupa em público, todo mundo tem que seguir essa regra, pois do contrário seria uma verdadeira confusão. Eu por exemplo iria procurar não me abaixar. No entanto, os cavaleiros não têm esse receio já que ficam pelados direto tendo essas cenas censuradas a todo o momento e até genitálias inteiras removidas com tinta digital. 


Além de maçaricos de fora, outra coisa muito presente em Cavaleiros do Zodíaco é a violência. Muito sangue foi jorrado em cenas bastante expressivas. A luta de Shiryu contra o Dragão Negro, Milo de Escorpião contra Hyoga e Shiryu contra Shura de Capricórnio são algumas das mais violentas. Em alguns casos bastou alguns cortes de leve para resolver, mas outras tiveram que ter uma censura ainda mais evidente e muitas vezes mudar a cor do sangue com tinta digital para que as lutas não ficassem tão fortes. 


Outra coisa é o choque de culturas. Que dificultava as coisas. Por exemplo, a expressão “demônio” para a cultura japonesa, não tem o mesmo significado que aqui no Ocidente. Para a galera de lá, demônios podem ser maus ou bons, pois são apenas seres elementais da natureza e não servos do diabo ou algo assim. A kyuubi no youko (Raposa de Nove Caudas) do anime “Naruto” é um demônio, mas não quer dizer que seja mau (aliás, péssimo exemplo). Até porque, o diabo não existe para a cultura deles e nem em seu folclore. O que acontece é que os demônios na cultura japonesa são os Youkais e não existe uma tradução perfeita para essa palavra, então usa-se demônio. Todavia, aquela que serviria melhor talvez fosse espirito ou monstro. 

O ponto chave é que eu comecei a assistir os cavaleiros quando era muito pequeno, e minha mãe muito cristã encrencava quando esse tipo de termo aparecida, como a técnica “ondas do Inferno” do Mascara da Morte de Câncer. Inferno é outra palavra que é traduzida de forma precária pois o termo em japonês é Meikai que seria algo como Submundo bem diferente do conceito cristão de Inferno. Hoje em dia eu entendo essas diferenças e que existe aí um choque de culturas que dificulta a compreensão de certas coisas, mas para alguns isso pode gerar estranheza e terminar virando um tabu para quem não tem a mente aberta.  


Entretanto, mesmo com tanta censura justa ou equivocada, é possível aproveitar a história de os cavaleiros do zodíaco por tudo o que ela tem a oferecer e ainda aprender sobre muitas coisas. Se gosta de alguma coisa, não deixe uma impressão precipitada guiar suas opiniões. Analise e conclua se algo é realmente como você imagina. Esse é um dos princípios de inteligência.  

Pra Sempre Saint Seiya | Tributo aos Cavaleiros



Então você achou que “os cavaleiros do zodíaco” tinha acabado só porque já tem 30 anos de carreira? Sabe de nada inocente. O fato de já ter tudo isso de carreira e ainda ser atual e lançando novos conteúdos é prova do quão essa história é boa. Esse é mais do que um anime, representa a infância de muita gente, sempre cheio de lições sobre amizade, perseverança, dedicação, sacrifício e honra. É uma obra atemporal que conquista fãs em todo o mundo desde o seu lançamento. Eu vejo as gerações mais novas e elas se interessam e aprendem mais sobre o anime e debatem sobre os seus acontecimentos. 

Cavaleiros do zodíaco sempre aborda temas reflexivos como traição, ambição, amor e até mesmo a morte. É possível aprender muitas coisas com o decorrer dos episódios como mitologia, história, antropologia e até mesmo conceitos de química. É um anime fabuloso que cativa e emociona. Quem já assistiu o anime inteiro deve se lembrar da cena em que os cavaleiros estão para entrar no Submundo o Reino de Hades, o deus dos mortos ao som da belíssima “Under the Wood of the World Tree” do grande compositor Seiji Yokoyama. O que eu senti naquele momento foi um misto de desespero e esperança e uma emoção ímpar de comoção. Outra cena bem tocante, é a despedida dos cavaleiros de ouro no muro das lamentações onde eles se sacrificam para que os cavaleiros de bronze tenham uma chance de chegar aos Campos Elísios para derrotar Hades e salvar Atena enquanto toca “Blue Dream” em instrumental. 


Aquela cena foi demais para o meu emocional e até algumas lagrimas escaparam. A cena de despedida entre Dohko e Shion, o amor de Orfeu e Eurídice, o sacrifício de Cassius por Shina. Todos foram muito bonitos e sempre trazem a memória o porquê cavaleiros do zodíaco ser mais do que um anime de batalhas sem sentido. A decisão dos cavaleiros de ouro mortos em voltar como renegados ao serviço de Hades a despeito do risco de serem chamados de traidores e da dor que sofreram por trair seus companheiros em prol do bem maior mostra seu profundo sentimento de dever e o seu desejo de servir a paz mesmo carregando a indignidade e sofrimentos disso sozinhos. 

Cavaleiros do zodíaco além de nos apresentar a mitologia grega, o faz com diversas outras como a nórdica, chinesa, celta e etc. Além de mostrar diversas religiões e as miudezas de suas crenças. Como Shaka de Virgem que é budista, Krishna de Chrysaor que é hindu e Hyoga que aparenta ser católico. É muito interessante ver que a obra abre espaço para outras culturas e ideias e não só aquelas contempladas pelas visões japonesas ou gregas de onde o enredo tira suas bases. E esse é outro motivo para Saint Seiya ser tão especial. 


Até mesmo no que respeito aos inimigos dos cavaleiros existem ligações mais profundas. Alguns são bem complexos e não podem simplesmente receber o título de malvados. Os generais marinas que servem ao deus dos Mares, Poseidon por exemplo. O modo como eles são escolhidos é bem diferente dos cavaleiros. Para se tornar um marina, é necessário ter em seu coração o mesmo ideal do que o do deus Poseidon. Esse desejo deve ser tão puro e genuíno a ponto do despertar de Poseidon simplesmente atrair aqueles guerreiros até ele e esse desejo não é exatamente de destruição ou ambição, é na verdade de renovação e purificação. 

Realmente muita coisa pode ser dita sobre cavaleiros do zodíaco. Eu já vi casos de pessoas que escreveram monografias para trabalhos de faculdade sobre cavaleiros com temas muito inteligentes. É um enredo que pode ser destrinchado e dissecado em vias de psicologia e mitologia ou pode apenas ser aproveitado como bons momentos de diversão do ótimo anime que é. Mesmo assim, é claro que não é perfeito e tem lá os seus furos, mas não conheço nada que seja perfeito. Todavia, essa obra sempre vai ser considerada por mim e por milhões mundo afora como nota Dez. E você, já sentiu o cosmo? 


Gostaram do post ? Compartilhe com seus amigos mais próximos e divulgue ! E não se esqueça de nos seguir nas nossas redes sociais

Escritor: Thiago de França

XOXO. yastaley







Redes Sociais wladzinho:
Twitter: wladzinho
Redes Sociais yastaley:

You May Also Like

0 comentários