Brightburn - Filho das Trevas E o Novo Gênero de Super-Heróis

by - maio 23, 2019

Hey People, hoje na matéria de retorno do nosso blog traremos um pouco sobre o filme Brightburn. Com saudades das nossas matérias? Então vem conferir.

Que Ninguém Olhe Para o Céu com Esperança

"Brightburn - Filho das Trevas" é a mais nova empreitada do Diretor e produtor James Gunn que estreou hoje aqui no Brasil (23 de maio) e já vem dando o que falar entre os fãs dos subgêneros de terror e super-heróis. Isso pois ele inicia nos cinemas uma nova maneira de contar a história de um dos super-heróis mais queridos e aclamados de todos os tempos como o Superman.


Ele nos traz a resposta para a pergunta que todo o fã de quadrinhos já se fez ao menos uma vez: "E se o Superman tivesse ficado mau?". É claro que temos precedentes disso nos quadrinhos com premissas similares como "Superman - Entre a Foice e o Martelo" de Mark Millar lançada em 2003. Que narra uma versão do mundo onde o Superman nasceu na União Soviética.


Confesso que quando me dispus a ler aquele quadrinho, fui com o ideia de que seria algum tipo de panfletagem comunista, ou mesmo alguma dura critica ao mesmo, mas me surpreendi positivamente com a excelente narrativa da história. Aliás, é leitura obrigatória para qualquer fã de quadrinhos. Eu recomendo muito.


Também já vimos o Super não somente tendo crescido em outra perspectiva, mas também ficando mau e corrompido literalmente. Claro que de forma diferente do que vemos em "Brightburn" onde ele parece ser inerentemente mau. Foi na ocasião em que os Lordes da Justiça apareceram. Era um arco super legal da animação "Liga da Justiça - Sem Limites" que aqui no Brasil foi passada pelo SBT durante algum tempo. Nessa parte da história somos apresentados à um Superman que se tornou mais frio e disposto a cruzar os limites que o Superman regular não ultrapassaria, como matar por exemplo, se isso for necessário. Esse arco ainda originou o jogo "Injustice - Gods Among Us" de 2013 para várias plataformas e ainda originou uma série em quadrinhos de mesmo nome que segue a mesma premissa.


No entanto, a principal diferença entre essas obras e Brightburn é a "escolha". Nelas, ou mesmo no Universo regular do Super, ele é moldado pelo meio em que vive. Clark é como qualquer pessoa moldado pelos pais, pelo meio em que vive ou pelas tragédias que vivencia, podendo se tornar mais fechado ou até mais cruel, do mesmo modo que todos estamos sujeitos à isso, mas sempre teve a escolha de seguir ou não determinado caminho. Todavia, Brandon Branner parece ser mau por natureza e até a sua vinda para Terra parece ter tido uma intenção insidiosa.


Mesmo assim ver uma mitologia tão rica quanto a do Superman contada dessa forma foi muito interessante. Os elementos de terror são muito bem explorados com tudo o que as singularidades do Superman tem a oferecer. Brandon Branner, como é chamado em Brightburn é totalmente diferente de Clark. Sem dar spoilers, Clark é gentil e amoroso, enquanto Brandon é arredio e um tento rebelde, principalmente à partir de determinados acontecimentos que vão atenuando sua personalidade até o estopim do descontrole.



 O que é legal é pensar no porque ninguém teve a mesma intensão de fazer um filme assim antes. Talvez por estarmos "Na Era dos Filmes de Heróis" onde esse subgênero está com cada vez mais espaço. Talvez agora vejamos mais histórias interessantes para dessaturar o mercado com o mesmo tipo de filme desse gênero. A ideia de um Superman maligno não é nova, como eu disse antes. Mesmo nas histórias normais dos heróis existem aqueles que os tinham com receio por seu imenso poder. O Governo criou então o "Projeto Cadmus" que era uma agencia que visava lidar com a Liga da Justiça e todos os super-heróis caso eles se rebelassem. Afinal, quem poderia parar o Superman se ele resolvesse ficar no controle? E é exatamente essa base que Brightburn explora.



A atuação de Jackson A. Dunn (Brandon Branner) como o herói/vilão do filme é muito boa. Ele é bem introspectivo, mas possui os seus momentos, sobretudo nos momentos de tensão onde realmente sentimos medo do garoto. Este não é o primeiro filme dele, no entanto, pode-se dizer que ele teve um bom desempenho. Espero que o personagem continue com ele caso aconteçam sequencias (pelo final, eu acredito que sim). 



O filme enquanto terror não decepciona. Não tem os famigerados Jumps scares a todo o momento e os poderes do Superman são bem explorados deixando a tensão nos manter imersos na história. A ameaça de alguém com tais poderes é bem realista. A construção da psique dele é graduada de forma orgânica sem se apressar ou se arrastar demais. O medo e a preocupação dos demais personagens também é gradual a medida que ele vai descobrindo os próprios poderes. Existe uma cena com o personagem de Matt L. Jones num carro, e a reação do personagem é impar diante dos acontecimentos. Me pergunto o que uma pessoa faria se visse alguém como Brandon ou Clark expondo os seus poderes daquela forma. Na minha opinião, a cena ficou bem legal e verossímil apesar da carga fantasiosa.


E por falar neles, estão muito bem feitos, considerando que orçamento foi bem mediano. Acho que podemos dar esse crédito à nobre direção de James Gunn que o desenvolveu muito bem. O que eu espero mesmo é que esse novo modo de contar histórias de Super-heróis ganhe força para que possamos ver mais filmes como esse. Quem sabe ver esse moleque adulto levando uma boa surra do Superman original ou ver a versão do Batman desse Universo. Já pensou? Deixa aqui embaixo nos comentários o que você achou desse filme.

Confira o Trailer de Brightburn - Filho das Trevas"


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Escritor: Thiago de França

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