O Caçador e a Rainha do Gelo
Hey People, hoje vamos falar do filme o Caçador e a
Rainha do Gelo aqui no Blog. Conhece esse filme? Fique aqui com a gente para
conferir tudo sobre ele.
O Caçador e a Rainha do gelo (The Huntsman: Winter’s
War, no original) é um filme de drama, ação e aventura americano de 2016
dirigido por Cedric Nicolas- Troyan e produzido por Joe Roth. Foi distribuído
pela Universal Pictures tendo o seu lançamento em abril de 2016. O elenco conta com Chris Hemsworth, Charlize Theron,
Emily Blunt e Jessica Chastain com a narração de Liam Neeson. O longa foi uma
prequela de “Branca de Neve e o Caçador
de 2012 e arrecadou cerca de US$ 165 milhões. Teve críticas negativas e
recepção mista por parte do público.
Em um dos seus muitos reinos conquistados antes
daquele governado pelo pai da Branca de Neve, a Rainha Ravenna lidera ao lado
de sua jovem e bondosa irmã Freya que ficou grávida e teve uma filha de seu
verdadeiro amor. Depois de ter tido o seu coração partido e perdido sua filha,
Freya deixou sua irmã e começou o seu próprio reinado de gelo nas terras do
norte onde começou um exército de caçadores para lutar e conquistar inúmeros reinos em
seu nome.
No entanto, anos depois, com a morte de sua irmã
Ravenna pelas mãos de Branca de Neve, Freya se interessa por seu espelho, o
qual lhe dará ainda mais poder, todavia o Caçador Eric está disposto a impedir
que ela tenha sucesso e decide ir atrás do maligno espelho de Ravenna e
destruí-lo antes que caia nas mãos de Freya
Espelho, espelho meu
Bem, começando pelos pontos positivos, esse filme tem
lá as suas coisas boas. Para começar a premissa de contar essa história até que
foi boa, embora apenas uma tentativa de ganhar mais sobre o relativo sucesso
que “Branca de Neve e o Caçador”
teve. As coisas boas obvias são a ambientação, o figurino e os efeitos visuais
que que são mesmo muito bonitos. Eles têm algo de único e uma certa
sofisticação em seu estilo meio gótico e sombrio, ao mesmo tempo que tenta
fascinar com motivos brilhantes e reluzentes, embora também não seja tanta
novidade, já que teve pouca inovação disso depois do primeiro filme.
É necessário notar as raízes de inspiração da trilogia
de “O Senhor dos Anéis” nesse filme,
o que não é necessariamente uma coisa ruim, pois deixou tanto esse quanto o
primeiro bem bacanas. Nessa matéria vocês vão me ver comparando esse filme com
o primeiro de 2012, e não tem como avaliar um separadamente do outro, pois é
mesmo necessário falar dos dois talvez até como sendo a mesma história. Isso
porque existem alguns problemas de roteiro e continuação que me parece estranho
que os produtores tenham cometido, mas vamos lá.
A história tenta contar o que aconteceu antes dos
eventos de Branca de Neve e o Caçador, mas na verdade não faz isso. Existe
apenas um pequeno prólogo para apresentar Freya e fazer uma conexão entre ela e
o Caçador, Eric. Tudo bem, o problema começa quando vemos que Freya é
totalmente inexistente no primeiro filme.
Na infância de Ravenna que é mostrada
no primeiro longa, não existe sinal algum dela. Já no segundo filme, essa
origem de Ravenna é que é totalmente ignorada e o seu outro irmão, Finn,
interpretado pelo ator Sam Spruell, foi quem teve a existência apagada, pois
sequer é mencionado. Talvez o ator não pudesse ter entrado para o elenco ou qualquer
dificuldade assim, mas isso também aconteceu com Kristen Stwart e nem por isso
deixou de ser mencionada e até mostrada em um par de cenas.
Aliás, por falar nela, essa mocinha não aceitou as
propostas para voltar como a Branca de neve por não ter curtido muito os
roteiros. Alguns acharam que sua ausência se deu por conta do seu romance com
Rupert Sanders, diretor do primeiro filme, mas isso foi desmentido pela atriz.
O fato é que a ausência dessa personagem tem importância ambígua para o Caçador
e a Rainha de Gelo, pois por um lado é problemático e estranho ela não aparecer
e por outro é legal ver a história seguir um rumo diferente focado em outros
personagens.
Ainda sobre os erros de continuidade, temos a
personagem de Jessica Chastain, a caçadora Sara. O que é mostrado no filme é
que ela foi a primeira esposa de Eric, mas é claro que ele não menciona que já
teve duas esposas no primeiro filme. É claro que essas questões não poderiam
aparecer em Branca de Neve e o Caçador, pois elas ainda não existiam. Meu ponto
é que as ideias do primeiro filme já existiam quando o segundo foi idealizado,
então deveriam ter sido levadas em mais consideração.
Também tivemos a breve aparição de Sam Caflin que só
apareceu para uma pontinha mesmo, embora no primeiro filme tenha tido uma
participação bem mais relevante. Foi legal ele ter aparecido, mas é claro que
poderia ter tido uma participação bem maior. O filme teve o mesmo produtor de “Malévola” de 2014 e “Alice no País das Maravilhas” de 2010 e
tem até algumas boas características desses filmes.
Nos últimos tempos os
contos da literatura clássica infantil vêm ganhando novas roupagens e alguns
deles até possuem versões mais adultas como “João
e Maria – Caçadores de Bruxas”, e o Belo “A Garota da Capa Vermelha” que remetem bem mais as histórias
originais dos irmãos Grimm do que as versões para crianças da Disney.
A atuação foi tão boa quanto no anterior e tão ruim
quanto. O elenco tem peso, com nomes como Charlize Theron no grupo, para a qual
eu rasgo uma seda feroz. Ela consegue dar para a rainha Ravenna as medidas
certas de sofisticação, loucura e maldade. Quando vemos ela sentada num trono,
ela parece muito chique e elegante, mas quando desce pro pau vemos que ela é
forte e impiedosa. Também tem aquele jeito meio psicopata e louco que reforçam
o seu estilo. Na minha opinião é a melhor rainha má até hoje.
Foi uma pena ter tido menos tempo de tela do que eu
imaginei. Além disso, os trailers me enganaram fazendo parecer que ela
apareceria mais no filme, o que foi bem chato. Eu gostei muito dessa personagem
no primeiro filme, fora que eu acho a Charlize Theron muito linda. Nem parece
que essa mulher já está na casa dos quarenta, fora que é uma ótima atriz. A
obsessão dela por ser a mais bela e conservar os seus poderes ao qualquer custo
eleva ainda mais a vaidade da rainha má do conto clássico. Acredito que a
escolha de Theron para interpretar Ravenna não poderia ter sido melhor.
Apesar de Theron ganhar o prêmio de melhor rainha má
nesse filme, também tivemos a minha querida Emily Blunt que esteve ótima como a
rainha Freya. Mesmo sob suas políticas de não amar e sendo uma versão malvada
da Elsa de Frozen, ela ainda é uma
rainha mais sentimental do Ravenna e por isso, tende a ser mais suave e menos
errática do que a irmã. Também é refinada e delicada, ao passo que fria e
cruel. Separa as crianças de suas famílias para fazer delas caçadores
guerreiros agregados ao seu exército com o intuito de conquistar e explanar o
inverno por tantas terras quanto for possível e livrar o mundo da influência do
amor.
Sua motivação as vezes é confusa, hora aparentando
querer coisas diferentes e as vezes ela não convence muito bem. Teve um ótimo
momento de redenção no final fazendo com que ganhasse a empatia do espectador
agora não pelo encanto dos seus poderes ou por sua maldade, mas sim por sua
humanidade e por ter aprendido o significado das coisas. Foi um bom final para
a personagem. Ela não despertou amores/ódios como Ravenna, mas ainda assim
ganhou o seu espaço.
Maçã Envenenada
Com tudo isso, o caçador e rainha de gelo é um bom
filme para se assistir, mas apenas isso. Tem efeitos muito bonitos, mas
convenhamos, hoje em dia não é tão difícil assim ter bons efeitos. Branca de
neve e o caçador ganhou prêmios e até foi indicado ao Oscar, mas o caçador e a
rainha de gelo é na minha opinião só uma tentativa de estender os ganhos do
filme anterior, mas pecou em muitos pontos e deve na verdade ter gerado
prejuízos.
Branca de Neve e o Caçador era diferente e havia
trazido algo novo, mas esse segundo filme estragou esse “novo”. Teve ideias
ótimas, mas não soube conduzi-las. Até Kristen Stwart estava bem no papel de
Branca de Neve e olha que a atuação dela não é das minhas favoritas. É meio
arrastado e longo e demora para algo realmente interessante acontecer. No filme
anterior o alivio cômico era satisfatório, mas nesse ele só não tem graça como
fica forçado e estranho.
O elenco é ótimo e realmente se esforça, mas o enredo
não os ajuda a trabalhar. Eles tentam entregar mais profundidade do que os
personagens possuem e isso é uma pena, pois o potencial dos atores é bem maior
do que o que vimos. O núcleo feminino é soberbo, mas não consegue atrair a
mágica nem sequer do filme anterior que já não foi lá a maior produção de
cinema.
Funciona como um Spin-off,
mas não como continuação. Além de já conhecermos a história de branca de
neve tanto do filme anterior, quanto de tantos outros ao longo dos anos, O
Caçador e a Rainha de Gelo só consegue ser previsível e fácil de se concluir em
nossas mentes. Desperdiça o potencial que tinha. Na verdade, uma das ideias de
roteiro anterior era de que Freya e Ravenna seriam rainhas inimigas, mesmo
sendo irmãs e isso teria sido bem mais interessante de se ver. Mesmo sem Branca
de Neve aparecendo diretamente no filme.
Até as cenas de ação e batalhas épicas do filme
anterior fizeram falta. O romance é entediante, os diálogos são cheios de
clichês pretensiosos e o filme não se prende a nada e muda o foco
constantemente (de forma negativa). A “força do amor” que é um dos temas
abordados no filme não tem problema algum. Se é um filme que aborda esse tipo de
tema, de boa, mas que mostre um bom poder do amor que vence tudo e etc, mas nem
isso é lá grandes coisas.
A única coisa que realmente rouba a cena e possui
momentos interessantes são as aparições de Charlize Theron e desfoca até mesmo
a vilã que deveria ser a principal, no caso Emily Blunt. No filme anterior ela
foi primorosa e isso não mudou muito nesse. Ela teria deixado o filme bem mais
encorpado se tivesse aparecido mais. A pergunta é: eu recomendo esse filme?
Bem, sim. Se ainda não assistiu, vai lá e confere, pois ele é bonito e você não
perde nada por assistir (Mas, também não ganha), principalmente se já gostou do
primeiro filme.
Em 2012 foi lançado junto com Branca de Neve e o
Caçador o filme “Espelho, espelho meu”
do diretor Tarsem Singh estrelado por Julia Roberts e Lily Collins, que possuía
uma temática muito diferente. Não chegou nem perto do sucesso que branca de
neve e o caçador teve, é claro e foi estranho ver dois filmes diferentes
contando a mesma história e sendo lançados no mesmo ano. É uma competição
arriscada de se fazer. Eu assisti ambos e apesar de serem mesmo muito
diferentes, a versão de Nicolas- Troyan é bem melhor.
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Escritor:
XOXO Yastaley
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