La Casa de Papel | Sigam o Plano
Hey people, hoje vamos falar sobre essa série que conquistou o coração de muitos brasileiros, La Casa de Papel, vamos?
En El Atraco Perfecto
La
Casa de Papel é uma série de ação e drama que tem conquistado o gosto
dos brasileiros em 2018. Foi lançada no natal de 2017 na Netflix
que comprou os seus direitos para exibir a série em modo Streaming
tendo sido produzida pelo canal espanhol Antena 3 criado por Álex Piña. Contando com um ótimo elenco da Espanha, “La Casa de Papel”
concorreu a alguns prêmios por lá e isso é por mérito, já que a série
apesar de ter os seus pés lá nas histórias de assalto do queridíssimo
Tarantino, tem uma temática bastante interessante e surpreendente. Só o
primeiro episódio passou por mais de cinquenta e duas alterações para
que o plano do assalto fosse a prova de furos.
A série conta a história de oito assaltantes enquanto eles tentam roubar a
Casa da Moeda da Espanha sendo este o maior assalto da história. O
enredo é cheio de drama e reviravoltas eletrizantes com sacadas
inteligentes. E uma caçada dos bons pelos maus ao estilo Kira e L.
Por aqui a série ganhou uma configuração diferente
quanto aos episódios. Pois a primeira temporada que deveria ter quinze
capítulos foi dividida em duas partes. Essa segunda parte estreou agora no dia
6 de abril tendo seis episódios e já está sendo muito bem comentada.
A fórmula não é surpreendente e nem inovadora, mesmo assim a história nos prende capítulo a capítulo obrigando nosso cérebro a maratonar
a série até o fim. A aceitação do público está na faixa dos 90% e a crítica também foi bem favorável. Mesmo que alguns fatos do enredo sejam
pouco críveis, é interessante notar que os nossos personagens favoritos
vão mudando ao longo da série de acordo com as suas posturas. A nossa
capacidade de gostar hora dos vilões, hora dos mocinhos ou hora ficar em
dúvida de quem merece nossa torcida. Uma vez que que os personagens são
muito humanos e tem nuances e vão mudando, amadurecendo a perspectiva que nos é mostrada. Na
verdade, sobre a questão de vilões e heróis nem sempre é fácil dizer
quem está sendo o que. Já que os assaltantes não são necessariamente
maus. Apesar de estarem em uma prática considerada crime.
Muito
de a casa de papel é emprestado de filmes de assalto e investigação
policial. Está tudo lá. As máscaras e as tentativas de enganar a polícia
com elas, os jogos de lubridiar
entre outras coisas são clichês feijão com arroz dos filmes desse
gênero. Todavia, isso não tira o mérito da série. Nem mesmo algumas
atuações pouco convincentes em alguns momentos, sem falar de que algumas
posturas tomadas pelos personagens são estranhas, para dizer o mínimo.
Estando no meio do que pode ser a maior crise e tragédia da história da
Espanha, alguns deles tem atitudes descabidas e sem sentido. E isso
cansa um pouco, o que fez a série perder o ritmo depois de alguns
episódios, mas nada que faça o telespectador desgrudar da tela.
Estou Morrendo Larry. Você pode me abraçar?
Uma coisa muito presente em “La Casa de Papel” são as referências aos filmes de assalto de Quentin Tarantino e outros do mesmo gênero. Dá pra ver as homenagens que Piña
quis fazer a esses filmes durante a série. Não somente Tarantino
influenciou a produção de La Casa de Papel, mas também alguns outros
como “Onze Homens e um Segredo” (1960/2001), “Breaking Bad” (2008), Prison Break” (2005), e é claro “Cães de Aluguel (1992) ” do próprio Tarantino que é um clássico primoroso.
Outra referência presente na série, é a personagem Tokyo (Úrsula Corberó). O corte de cabelo, as roupas e até mesmo a personalidade da personagem foram muito inspirados pela personagem Matilda do filme “O Profissional” (1994) de Luc Besson que foi interpretada por Natalie Portman. Todas essas referências parecem ter certa importância para Álex Piña.
Acredito que as referências e as homenagens ficaram bem bacanas de se
acompanhar durante os episódios. Algumas são bem sutis, outras mais “na
cara”, mas todas colocadas da melhor forma possível.
Bella Ciao
La
Casa de Papel também se destacou por sua trilha sonora excelente.
Composições de Beethoven, músicas populares espanholas além da viciante “My Life Is Going On” interpretada por Cecilia Krull durante a abertura. No entanto, outra música conquistou o público e digo isso em principal dos brasileiros. Ela foi a música “Bella Ciao” que tocou durante um flash back do Professor enquanto a inevitável descoberta do esconderijo deles era feita.
O que acontece é que essa música tem um peso histórico no que diz respeito a “resistências” como os personagens se consideram. Foi bastante difundida durante os anos sessenta em manifestações estudantis e operárias. A metade do Seculo XX foi o marco para que “Bella Ciao”
tivesse sua popularidade amplamente consolidada por todo o mundo. Tendo
sido gravada em vários idiomas sendo hino principalmente de movimentos
comunistas e anarquistas dentro ou fora da Itália. Não somente isso,
mas também foi ouvida durante os protestos contra a primeira guerra
mundial e por fim foi hino da resistência italiana contra o fascismo
durante a segunda guerra. No entanto, historiadores confirmam que sua
primeira versão falava sobre as condições difíceis de trabalho árduo em campos de colheita de arroz.
Dalí
Salvador Dalí, 1° Marques de Dalí de Púbol,
foi um célebre pintor surrealista espanhol que foi muito aclamado.
Apesar de sua excentricidade, Dalí contribuiu grandemente para arte com
suas pinturas (sobretudo
óleo sobre tela), mas também esteve envolvido com teatro, cinema e até
literatura. Também era escultor e fotógrafo. Era extravagante e
excessivo, mas acredito que isso seja apenas um traço de sua
genialidade. Seus trabalhos são mundialmente conhecidos até hoje e sua
pessoa é de orgulho para Espanha e para a história da arte.
Dá para entender o porquê a produção de “La Casa de Papel” escolheu a figura de Dalí para as icônicas máscaras do assalto à casa da moeda. É claro que todos já viram ao menos uma vez uma das obras de Dalí. Uma das mais famosas é “A Persistência da Memória”
(1931) que na verdade é uma das que eu mais gosto entre as pinturas
dele. Podemos ver em mais de uma cena durante a série discussões e
debates sobre qual máscara usar ou de qual pintor escolheriam para isso.
Isso mostra que houveram debates interessantes entre os produtores a
respeito de qual persona usar para as máscaras. Sem dúvida Dalí se destacou graças ao seu apreço pelo luxo e extravagância. Combina com ganância por dinheiro, eu acho.
Conforme assistimos,
dá aquela vontade de comprar uma máscara igualzinha para tirar fotos
para as redes sociais (vai dizer que não?). Adoramos personagens
icônicos com máscaras bacanas. Tais como a de Dalí em la casa de papel ou V de vingança por exemplo.
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XOXO. yastaley
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1 comentários
Ótima série,ótima matéria.
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