Journey | A Jornada e o Ciclo da Vida
Hey People, hoje temos uma matéria sobre um jogo bastante diferente. Vamos lá?
A Jornada
Este é sem dúvida um jogo muito curioso e único. Bem diferente do que se está acostumado. Desenvolvido de forma independente pela Thatgamecompany originalmente para Playstation 3 e em seguida para Plastation 4, o jogador estará no controle de uma pitoresca figura encapuzada em uma jornada por um deserto até o topo de uma estranha montanha.
Não nos é dito absolutamente nada no início do jogo. O personagem aparece abaixado na areia do deserto e nada se sabe sobre ele. A tela não tem nenhum texto e nem recursos na interface do jogo que é limpo sem auxílios e nem informações do personagem como HP (Health Power) ou coisas assim. Não se sabe o nome do personagem, se é um menino ou uma menina ou sequer se é uma figura humana. Nem sequer se sabe se a história do game se passa mesmo na Terra ou se está no plano material da existência. A experiência é tão pessoal que pode render inúmeras interpretações diferentes. Conversando com amigos gamers, pude ouvir algumas interpretações bem distintas.
Uns viram ali uma metáfora da própria vida e seu ciclo, outro achou que se trata de um sonho com seus respectivos elementos. Mas, nada fica muito claro, apenas fica implícito de forma subjetiva que o objetivo é chegar ao topo da montanha a frente com uma estranha luz. O personagem não fala, mas apenas emite uma nota musical com a qual pode manipular alguns recursos do jogo como o tão presente tecido do seu cachecol que está por todo o mapa do jogo. O qual o auxilia a fazer vôos curtos. O único “Upgrade” é o desse mesmo cachecol que pode fazer vôos mais longos conforme progride, mas não existem poderes, nem armas, nem habilidades extras, nem nenhum recurso adicional que são típicos de jogos de aventura. E além de poucos “Puzzles” simples, o personagem tem mesmo só a missão de chegar até a montanha.
Uns viram ali uma metáfora da própria vida e seu ciclo, outro achou que se trata de um sonho com seus respectivos elementos. Mas, nada fica muito claro, apenas fica implícito de forma subjetiva que o objetivo é chegar ao topo da montanha a frente com uma estranha luz. O personagem não fala, mas apenas emite uma nota musical com a qual pode manipular alguns recursos do jogo como o tão presente tecido do seu cachecol que está por todo o mapa do jogo. O qual o auxilia a fazer vôos curtos. O único “Upgrade” é o desse mesmo cachecol que pode fazer vôos mais longos conforme progride, mas não existem poderes, nem armas, nem habilidades extras, nem nenhum recurso adicional que são típicos de jogos de aventura. E além de poucos “Puzzles” simples, o personagem tem mesmo só a missão de chegar até a montanha.
É outro exemplo de jogos como “Flower” e “Shadow of the Colossus” onde é necessário se ter uma certa sensibilidade artística para absorver o conteúdo proposto. Por não ter qualquer texto além dos créditos finais e não se saber da história, o jogo é amplamente interpretativo. Assim como o jogo em si, cada um faz a sua própria jornada. Uma metáfora sobre a própria vida talvez. Isso porque você pode apenas seguir em direção a montanha a sua frente ou pode explorar o mapa de forma irregular e nenhum outro jogador vai fazer o mesmo percurso que o outro. A trilha sonora é espetacular e os ambientes do jogo são simplesmente de tirar o fôlego. As ruínas e templos abandonados de uma antiga civilização no meio de um deserto que tomou tais ruínas é deslumbrante. Existem alguns relevos nas ruínas que mostram um pouco da história dessa civilização perdida. Sua ascensão e sua queda, mas apenas isso. Existem poucos elementos, mas os que estão lá são muito bonitos de se ver. A cada passo do personagem na areia se consegue sentir a resistência da mesma assim como as limitações das áreas que não são apenas uma barreira invisível no fim do mapa, mas sim um poderoso vento que lhe impede de prosseguir. É totalmente primoroso.
Volta e meia pode encontrar-se com outros jogadores caso jogue no modo cooperativo online, todavia, não existe nenhuma comunicação de nenhum tipo. O outro jogador é um completo estranho sem identidade que lhe ajuda enquanto você faz o mesmo por ele. Este é um jogo muito sentimental e silencioso. Journey entrega uma experiência visual incrível carregada de sentimentos e profundidade. Cada vez que se joga o game, se obtém uma experiência bem pessoal e singular. É um jogo que foi feito para trazer a memória de uma reflexão. É completamente livre de complicações já que o personagem não enfrenta inimigos e nem pode morrer. Foi feito para quem precisa relaxar e esvaziar a mente ao passo que aprecia a beleza dos gráficos e reflete sobre o seu significado. Não tem sobressaltos e nem níveis de dificuldade, mas é com certeza um jogo único e sublime. É uma experiência de apreciação de arte.
Journey ganhou vários prêmios da crítica e de vendas pelo mundo. Incluindo “Jogo do Ano”, “ Notável inovação em Jogo” e “Melhor Jogo Para Download” entre outros. E embora não tenha ganhado, foi indicado ainda ao prêmio de música Grammy Award pela categoria “Melhor Trilha Sonora Para uma Mídia Visual” e Journey foi o primeiro jogo eletrônico e concorrer na categoria.
Jogar ao lado de um estranho traz uma experiência emocional e uma reflexão profunda. Por tudo isso, journey irá desagradar em peso aqueles gamers que não tiverem essa sensibilidade ou mesmo que estejam muito acostumados ao estilo comum dos games. É preciso ter a mente aberta e livre de preconceitos para aproveitar esse jogo ao máximo. O final é um tanto triste e pode tirar lágrimas de algumas pessoas mais doces e manteiguinhas que nem eu, mas com certeza valeu a pena ter jogado. E que venham mais jogos como este.
Escritor: Thiago de França
XOXO. yastaley
2 comentários
Nossa Senhora. Quanta sensibilidade.
ResponderExcluirMeus amigos não gostaram desse jogo, mas eu acho que vou gostar.
Eu gosto de jogos diferentes.
Eu sou muito sensível. rsrs
ExcluirJoga sim, é muito bom.